Se é o caso do pequeno conto a seguir, só o tempo responderá...
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O tempo parou. No espaço nada se
movia. Todos permaneciam em silencio absoluto; tudo se encontrava em absoluta
espera. Até que enfim ela chegou. Tranquila,
serena, encantou a todos com sua pureza infantil. Sim, ela era linda, e era para
todos a joia mais rara do universo.
Terminada a exposição, bocejou.
Estava cansada. Era tanta novidade em torno de si que ela mal conseguiu
acompanhar, mas queria ver a todos. Sua mãe, a Noite, suavemente a carregou até
seu dormitório e a pôs em seu cesto de dormir. Enquanto sua loura cabecinha era
acariciada, suas pálpebras iam suavemente escondendo as pérolas azuis que eram
seus olhos. E embalada por uma canção de ninar, dormiu, sob os olhares
atenciosos do pai e da mãe.
Aquela foi a única vez em todos os
tempos que não houve dia nem noite, apenas apenas a mistura de uma escuridão
que não clareava e claridade que não escurecia.
Assim foi o dia que a belíssima
Aurora nasceu.
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